John Henry Jowett
“Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele quer bem” Lucas 2.13,14 [/]
Dizem, e quando não o fazem, pensam:
- Onde está a boa vontade entre os homens?
- Onde está a paz que nos foi prometida?
E as perguntas continuam nesse tópico. Porém, a mensagem apresentada até aqui, não está completa. Não foi dada a atenção à frase inicial pronunciada pelos anjos: “Glória a Deus nas maiores alturas”. Onde está a glória a Deus?
Nós simplesmente omitimos essa primeira parte. Começamos pelo final e excluímos o início. Qual é a mensagem completa dos anjos, com todas as partes harmonicamente dispostas?
“Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele quer bem.” Lucas 2.13,14
Paz não é algo avulso, sem relação com o restante. A paz está ligada à outra parte da frase e completamente dependente dela. A paz é fruto de determinados relacionamentos e, se esses relacionamentos forem assegurados, a paz será inevitável.
Vejamos alguns exemplos: “Tu, Senhor, guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme, porque em ti confia” (Isaías 26.3). “Os que amam a tua lei desfrutam paz...” (Salmo 119.165a). “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1).
Em cada uma dessas passagens das Escrituras, a paz é apresentada não como raiz, mas como fruto; o fruto de uma justiça pessoal com Deus. E é exatamente aí que a mensagem dos anjos começa para os pastores, nos campos próximos a Belém. Não começou com boa vontade entre os homens nem com paz na terra, mas com o fator que as produziria: “Glória a Deus nas alturas”.
No entanto, devemos perguntar em meio aos dias escuros pelos quais atravessa a raça humana, em meio a tanta má vontade, a conflitos raciais etc., onde nosso pensamento se inicia? Será que é no mesmo lugar onde começou a mensagem dos anjos, na correção do supremo relacionamento, na reconciliação entre Deus e a raça humana?
Se tão somente déssemos glória a Deus nas alturas, a paz na terra seria assegurada e a boa vontade entre os homens estaria presente.
Fonte: Revista Lar Cristão - Ano 16 Edição 77E