sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

MISSÕES - Alexander Duff (1806-1878)




Missionário e Mestre Cristão na Índia

Alexander Duff (1806-1878) foi um missionário presbiteriano escocês enviado à Índia. Ele foi o primeiro missionário enviado além-mar pela Igreja da Escócia e que se notabilizou porque, na evangelização de hindus e muçulmanos, criou uma estratégia que, mesmo tendo sido mal compreendida inicialmente, terminou sendo popularizada por missionários de todo o mundo.

O missionário escocês era um homem que havia se preparado teológica e secularmente para servir a Deus. Era piedoso e um exímio ensinador. Porém, ao chegar à Índia em 1830, encontrou dificuldades para ganhar vidas para Cristo. As comunidades hindus e muçulmanas eram, à época, extremamente fechadas e Duff não sabia como penetrá-las com a mensagem do Evangelho. Até que, depois de perceber que as crianças indianas não estavam recebendo ensino adequado nas escolas Bengali, ele orou a Deus e sentiu da parte do Senhor a aprovação para criar uma escola diferente para hindus e mulçumanos na Índia. Nela, eles teriam educação de qualidade, aprendendo as ciências de forma a não deixar a desejar a nenhuma instituição de ensino européia, e também seriam apresentados a princípios da fé cristã.

A escola de Duff começou com cinco alunos, mas chegou rapidamente a 300. Ela atraía principalmente pais da elite indiana desejosos a dar a seus filhos uma educação de melhor qualidade, mas sem precisar enviá-los à Europa. A educação era em inglês. Na escola, os alunos primeiro aprendiam o inglês para depois estudarem as demais matérias.

Apesar do sucesso da instituição, que influenciou o governo indiano a mudar a sua política educacional no país, investindo em um ensino de melhor qualidade, Duff chegou a ser criticado por seus irmãos em Cristo na Escócia porque sua estratégia de envagelização por meio de uma instituição de ensino secular dera poucos resultados. Em três anos de fundação da escola, só quatro indianos haviam se convertido. Mas, Duff prosseguiu. Sua visão era de que suas escolas (em pouco tempo, abriria outras) acabariam minando a resistência entre os hindus e muçulmanos aos ocidentais e, assim à mensagem do Evangelho.

Depois de anos de ensino e milhares de alunos, o missionário voltou à Escócia deixando na Índia uma igreja com 33 membros. Aos olhos humanos, foi considerado, por muitos, ineficiente. Entretanto, os anos seguintes provariam o contrário. Depois da morte de Duff, alguns de seus alunos, por serem de alta classe social, pessoas de grande influência na sociedade indiana, começaram a ganhar muitas vidas para Cristo. Assim, o Evangelho começou a se propagar na Índia, conquistando milhares de vidas, e o aparente fracasso se mostrou, mais à frente, uma vitória. Tanto que outros missionários passaram a imitá-lo mundo afora, acrescentando à sua atividade evangelizadora a fundação de instituições de ensino nos países onde eram enviados para evangelizar.

O ardor de Alexandre Duff

O missionário escocês na índia, Alexander Duff, regressou à sua pátria para morrer lá, depois de uma árdua luta. Em uma reunião em sua igreja, pregava, e apelava aos seus patrícios que se apresentassem para o prosseguimento da obra. Ninguém atendia ao seu apelo. Insistia. Nada. Empolgado, desmaiou e foi levado para fora. 0 médico que o atendeu examinava o seu coração, quando repentinamente, Alexandre abriu os olhos, dizendo:
- Eu preciso voltar ao púlpito. Preciso continuar o apelo.
- Fique calmo - aconselhou o médico. O seu coração está muito fraco.
Mas o velho missionário não se conformou. Voltou ao púlpito e continuou o apelo:
- Quando a rainha Vitória convidou voluntários, centenas de jovens se apresentaram. Mas quando o rei Jesus chama, ninguém quer atender. Será que a Escócia não tem mais filhos para atender ao apelo da Índia? - frisou ele.
Esperou um pouco em silêncio e não houve resposta. Depois disse:
- Muito bem. Se a Escócia não tem mais jovens para enviar para a Índia, eu mesmo irei novamente, para que o povo dali saiba que pelo menos um escocês ainda se preocupa com eles.
Quando o veterano soldado de Cristo deixou o púlpito, o silêncio foi quebrado por uma multidão de jovens que se apresentaram:
- Eu vou! Eu vou! Eu vou!
Depois do falecimento de Duff, muitos daqueles jovens foram para a Índia, dedicando suas vidas à obra missionária.


"Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros Para a sua seara" (Mt 9.38).



Fonte: IGREJA PRESBITERIANA DE CAPOEIRAS

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

MISSÕES - William Carey


Uma testemunha fiel

Introdução

Filho de Edmundo e Elizabeth Carey, William Carey nasceu em uma humilde cabana em Agosto de 1761, na pequena vila de Paulerspury, em Northamptonshire, na Inglaterra. Em Piddington, aos 14 anos, William aprendeu a arte de sapateiro.

Apesar de nascer em um lar anglicano, sua primeira identificação com a fé genuína, foi através de seu companheiro de trabalho, John Warr, filho de um desertor da Igreja Estatal. Em 1779, aos 18 anos, nasceu de novo, quando ainda estava identificado com a igreja oficial da Inglaterra, e uniu-se a uma pequena igreja batista. Logo começou a se preparar para pregar. Saturou-se de conhecimentos tornando-se poliglota, dominando o latim, grego, hebraico, italiano, francês e holandês, além de diversas ciências. Assim, aos poucos, entendeu que o mundo era bem maior do que as Ilhas Britânicas e sentiu, como todo o crente verdadeiro deve sentir, a perdição de uma humanidade sem um Salvador.

Em Junho de 1781, casou-se com a jovem Dorothy Placket, da qual teve cinco filhos. No ano de 1775, foi atingido pelo avivamento trazido pelas mensagens de John Wesley e George Whitefield. Apesar de ter sido batizado quando criança, William Carey sentiu a necessidade de confessar sua fé publicamente. Sendo assim, foi batizado nas águas no dia 5 de Outubro de 1783, pelo pastor John Ryland. Em 1787, foi consagrado e começou a pregar sobre a necessidade missionária no mundo, e não só na Inglaterra. Como os membros de sua congregação eram pobres, Carey teve por necessidade continuar trabalhando para ganhar o seu sustento.

Seus Primeiros Desafios

Na sua pequena oficina pendurou um mapa mundial feito pelas suas próprias mãos. Neste mapa, ele incluíra todas as informações disponíveis: população, flora, fauna, características dos indígenas, etc. Enquanto trabalhava, olhava para ele, orava, sonhava e agia! Foi assim que sentiu mais e mais a chamada de Deus em sua vida. A denominação que Carey pertencia achava-se em grande decadência espiritual. Quando quis introduzir o assunto de missões numa sessão de ministros, foi repreendido pelo veneravél presidente John Ryland, que lhe disse: "Jovem assente-se. Quando Deus resolver converter os pagãos, fa-lo-á sem a sua e a minha ajuda." Mas Carey continuou a sua propaganda pró-missões estrangeiras, e tomando Isaías 54.2 como texto, pregava sobre o tema: "Esperai grandes coisas de Deus; praticai proezas para Deus."

Sua Chamada

O resultado foi que um grupo de doze pastores batistas, reunidos na casa da Ir. Wallis, formaram a Sociedade Missionária Batista, no dia 2 de Outubro de 1792. Carey se ofereceu para ser o primeiro missionário. Através do testemunho do Dr. Thomas, um missionário e médico que trabalhou por vários anos em Bengali, na Índia, William Carey recebeu confirmação de sua chamada no dia 10 de Janeiro de 1793.

Apesar de Carey ter certeza de sua chamada, sua esposa recusou deixar a Inglaterra. Isto muito doeu em seu coração. Foi decidido, no entanto, que seu filho mais velho, Felix, o acompanharia à India. Além deste fator, outro problema que parecia insolúvel, era a proibição de qualquer missionário na Índia. Sob tais circunstâncias era inútil pedir licença para entrar, mas mesmo assim, conseguiram embarcar sem o documento no dia 4 de Abril de 1793. Ao esperar na ilha de Wight por outro navio que os levaria à Índia, o comandante recusou levá-los sem a permissão necessária. Com lágrimas nos olhos e o coração apertado, William Carey, viu o navio partir e ele ficar. Sua jornada missionária para Índia parecia terminar ali. Porém, Deus tinha todas as coisas sobre controle.

Ao regressar à Londres, a sociedade missionária conseguiu granjear dinheiro e comprar as passagens em um navio dinamarquês. Uma vez mais, Carey rogou à sua esposa que o acompanhasse. Ela ainda persestia na recusa e ao despedir-se pela segunda vez disse: "Se eu possuisse o mundo inteiro, daria alegremente tudo pelo privilégio de levar-te e os nossos filhos comigo; mas o sentido do meu dever sobrepuja todas as outras considerações. Não posso voltar para trás sem incorrer em culpa a minha alma."

Ao se preparar para partir, um dos amigos que iria viajar com Carey, Dr. Thomas, voltou e conversou com Dorothy, esposa de William Carey, e milagrosamente ela decidiu acompanhá-lo. Que alegria não foi para ele ver sua esposa e filhos com as malas prontas a lhe acompanhar. Agora ele compreendia a razão de não ter viajado no primeiro navio.

Sua Partida Para Índia

Deus comoveu o coração do comandante do navio que permitiu a toda família viajar sem pagar as passagens. Finalmente, no dia 13 de Junho de 1793, a bordo do navio Kron Princesa Maria, William Carey deixou a Inglaterra e nunca mais voltou, partindo para a Índia com sua família, onde, em condições dificílimas e de oposição, trabalhou durante 41 anos. Durante sua viagem, aprendeu suficiente o Bengali, e ao desembarcar, já comunicava com o povo.

William Carey não foi dotado de inteligência superior e nem de qualquer dom que deslumbrasse os homens. Entretanto, em seu caráter de persistir, com espírito indômito e inconquistável, até completar tudo quanto inciava, é que vemos o segredo do maravilhoso êxito da sua vida. Apesar de não haver recebido educação em sua mocidade, Carey chegou a ser um dos homens mais eruditos do mundo, no que diz respeito à lingua sânscrito e a outras línguas orientais. Suas gramáticas e dicionários são usados ainda hoje.

Suas Conquistas

Dois missionários se juntaram à William Carey em 1799, William Ward e Joshua Marshman. Juntos eles fundaram 26 igrejas, 126 escolas com 10.000 alunos, traduziram as Escrituras em 44 línguas, produziram gramáticas e dicionários, organizaram a primeira missão médica na Índia, seminários, escola para meninas, e o jornal na língua Bengali. Além disso, William Carey foi responsável pela erradicação do costume "suttee", o qual queimava a viúva juntamente com o corpo do difunto numa fogueira; vários experimentos agriculturais; fundação da Sociedade de Agricultura e Horticultura na Índia em 1820; primeira imprensa, fábrica de papel e motor à vapor na Índia; e a tradução da Bíblia em Sânscrito, Bengali, Marati, Telegu e nos idiomas dos Siques. Em 1800, William Carey fez o batismo do primeiro hindu convertido ao Evangelho.

Calcula-se que William Carey traduziu a Bíblia para a terça parte dos habitantes do mundo. Alguns missionários, em 1855, ao apresentarem o Evangelho no Afeganistão, acharam que a única versão que esse povo entendia era o Pushtoo, feita em Sarampore por Carey.

Durante mais de trinta anos, William Carey foi professor de línguas orientais no Colégio de Fort Williams. Fundou, também, o Serampore College para ensinar os obreiros. Sob a sua direção, o colégio prosperou, preenchendo um grande vácuo na evangelização do país. Os seus esforços, inspiraram a fundação de outras missões, dentre elas: a Associação Missionária de Londres, em 1795; a Associação Missionária da Holanda, em 1797; a Associação Missionária Americana, em 1810; e a União Missionária Batista Americana, em 1814.

O Adeus da Índia

Na manhã de 9 de Junho de 1834, a Índia disse adeus ao grande Pai das Missões, e os Céus disseram bem-vindo a um servo fiel! Carey morreu com 73 anos, respeitado por todo o mundo, como o pai de um grande movimento missionário. Quando chegou à Índia, os ingleses negaram-lhe permissão para desembarcar. Ao morrer, porém, o governo mandou içar as bandeiras a meia haste em honra de um herói que fizera mais para a Índia do que todos os generais britânicos. Grande foi a contribuição de William Carey para o Reino de Deus, e grande será o seu galardão.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Exercício perpétuo de fé, pela qual recebemos diariamente benefícios da parte de Deus - João Calvino



1.Lugar da oração no conjunto da vida cristã
Como sabemos, e como também nos parece o homem está clara e completamente destituído de todo bem e desprovido de meios para encontrar sua própria salvação. Por conseguinte, para que ele obtenha socorro para sua necessidade, deve ele ir além de si mesmo e buscá-lo alhures. Temos também demonstrado que o Senhor amável e espontaneamente manifesta-se-nos a si mesmo em Cristo, em quem ele nos oferece toda felicidade no lugar de nossa miséria, toda abundância no lugar de nossa pobreza, abrindo-nos os tesouros dos céus, de maneira que podemos nos converter com plena confiança a seu Filho amado; para que dele dependa toda nossa expectação, nele descansando e se Lhe apegando com toda esperança. Esta, na verdade, é aquela filosofia secreta e oculta que não pode ser aprendida por silogismos; uma filosofia entendida completamente apenas por aqueles cujos olhos Deus tem de tal forma aberto para que vejam a luz em sua luz.
No entanto, após termos sidos ensinados pela fé a conhecermos aquilo que nos é indispensável ou nos falta e que está em Deus e em nosso Senhor Jesus Cristo, em quem aprouve ao Pai que habitasse toda plenitude, para que daí tirássemos como de uma fonte inesgotável, apenas aquilo que buscamos nele mediante a oração, e que sabemos estar ali. Porque de outro modo, conhecer a Deus como o soberano senhor e dispensador de todo bem, que nos convida a que apresentemos nossas petições, e, ainda assim, não se aproximar ou pedir-lhe algo é o mesmo que se ouvíssemos falar que há para nós um tesouro disponível e o deixássemos enterrado.
Por isso, o Apóstolo, para mostrar que a fé desacompanhada de oração a Deus não pode ser genuína, estabeleceu esta ordem: como a fé provém do Evangelho, assim pela fé nossos corações são instruídos a invocarmos o nome de Deus (Rm 10,14).
E isto é o que foi expresso a pouco, a saber, que o Espírito de adoção, que sela o testemunho do Evangelho em nossos corações, nos concede coragem para fazermos nossas petições conhecidas por Deus, com gemidos que não podem ser expressos, fazendo-nos clamar, Abba, Pai (Rm 8,26).
Devemos, pois, agora tratar mais profundamente deste último ponto, do qual temos até então falado apenas incidentalmente.


2.Definição, necessidade e utilidade da oração
Ao orarmos, portanto, somos obrigados a penetrar naquelas riquezas que estão entesouradas para nós e que estão junto ao nosso Pai celestial. Pois há um tipo de comunicação entre Deus e os homens, pela qual estes adentram ao santuário celestial, e diante dele apelam para que se lembre de suas promessas. Para que quando a necessidade requerer eles possam aprender através da experiência que não era em vão aquilo em que eles acreditavam apenas com base na autoridade de sua palavra. Por conseguinte, vemos que nada é posto diante de nós corno um objeto de nossa expectação para com o Senhor que não nos é ordenado a lhe pedirmos em oração; é tão grande esta verdade, que a oração é quem encontra e desenterra aqueles tesouros que o Evangelho de nosso Senhor faz descobrirmos por meio do olhar de nossa fé.
A necessidade e utilidade deste exercício de oração nenhuma palavra pode expressar de modo suficiente. Seguramente, não é sem razão que nosso Pai celestial declara que a única segurança de nossa salvação está em invocarmos ao seu nome (Jl 2,32); visto que, por ela invocamos a presença de sua providência para que nos assista, cuidando e provendo o quanto nos é necessário; e por seu poder e virtude, com os quais nos sustém, quando fracos e desfalecidos, para que por meio de sua bondade recebamos graciosamente, embora estejamos miseravelmente sobrecarregados de pecados; em uma palavra, invocamo-lo para que ele se manifeste a nós em toda a sua perfeição.
E, por conseguinte, nos proporcione a paz e a singular tranqüilidade à nossa consciência, pela qual somos forçados a nos colocarmos diante do Senhor, para que assim descansemos plenamente satisfeitos com a garantia de que nenhum dos nossos males fique oculto dele, pois que Ele é, não só capaz, mas também deseja nos fazer aquilo que nos é melhor.


3.Objeção extraída da onisciência de Deus. Resposta
Alguém poderá dizer: Ele não sabe sem uma admoestação quais são as nossas dificuldades e o que deve vir de encontro ao nosso interesse, de maneira que parece um tanto supérfluo que ele seja solicitado por nossas orações , como se ele fizesse vista grossa ou até mesmo dormisse, até que fosse despertado pelo som de nossa voz? Aqueles que, desse modo, argumentam não atentam para o fim para o qual o Senhor nos ensinou a orar. Não foi tanto por sua causa quanto pela nossa. Ele, na verdade, deseja, como é justo, que a devida honra lhe seja dada por meio do reconhecimento de que tudo que os homens desejem ou sintam seja útil e orem para obter algo que provenha dele. Contudo, mesmo o benefício das honrarias que nós, desse modo, lhe ofertamos redunda em benefício para nós mesmos. Por isso, os santos patriarcas, quanto mais confiantemente proclamavam as misericórdias de Deus para si, tanto mais fortemente os outros se sentiam incitados a orar.
Para que isto se confirme basta notar o exemplo de Elias, que estando seguro do propósito de Deus, teve um bom fundamento para que prometesse a chuva ao rei Acabe, e nem por isso deixa de orar insistentemente e envia seu servo sete vezes a verificar a formação da chuva (lRs 18,41-43). Não que ele descresse do oráculo, mas porque ele sabia ser seu dever colocar seus desejos diante de Deus, para que sua fé não se tornasse sonolenta ou tórpida, pois era seu dever propor sua petição a Deus.


Seis razões principais de orar a Deus.
Por conseguinte, embora seja verdadeiro que enquanto estamos apáticos ou invisíveis à nossa miséria, ele desperta e fica atento para usar e às vezes até auxiliar-nos sem que tenhamos pedido; é para nosso interesse, portanto, que precisamos suplicar-lhe constantemente:
Primeiramente, para que nosso coração possa sempre estar inflamado com um contínuo e ardente desejo de buscá-lo, amá-lo e servi-lo, enquanto nos acostumamos a recorrermos somente a ele, como uma âncora sagrada, em cada necessidade.
Além do mais, para que nenhum desejo, não nos leve a fazer algo vergonhoso diante dele, ou para evitar que algo entre em nossas mentes, enquanto aprendemos a colocar todos os nossos desejos à sua vista e, desse modo, derramarmos nosso coração diante dele.
E também, para que possamos estar preparados a receber todos os seus benefícios com verdadeira gratidão e ação de graças, pois são nossas orações que nos fazem lembrar que elas procedem de suas mãos.
Igualmente, para que uma vez tenhamos alcançado o que lhe pedimos nos convençamos de que ele ouviu nossos desejos, e por eles sejamos muito mais fervorosos em meditar sobre sua liberalidade, e, às vezes, desfrutarmos com muito mais alegria das misericórdias que nos tem feito, compreendendo que as temos alcançado mediante a oração.
Finalmente, a fim de que o uso e a. experiência confirmem em nós, conforme a nossa capacidade, sua providência, compreendendo que não somente promete que jamais nos faltará, que por sua própria vontade nos abre a porta para que no momento da necessidade possamos propor-lhe nossas petições e que não nos desapontará se divertindo com seu povo corri palavras vãs , prova-nos ser uma ajuda presente e real.
Por todos estes motivos nosso misericordiosíssimo Pai jamais está ocioso nem dormita, não obstante freqüentemente pareça assim fazer, é desse modo, no entanto, que ele pode nos exercitar, a pedir-lhe e importunar-lhe, pois, de outro, estaríamos sonolentos e indolentes, e não pediríamos, e nem seriamente lhe rogaríamos por nada para nosso próprio bem.
É, portanto, grande absurdo dissuadir homens a orar por pretender que a Divina Providência está sempre assistindo conservar todo o universo, e que, portanto, é supérfluo insistir com nossas súplicas, quando, do contrário, o próprio Senhor declara: “Próximo a todos aqueles que invocam está o Senhor, a todos aqueles que o invocam em verdade” (Sl 145,18).
Em nada são melhores as frívolas alegações de outros, de que é supérfluo orar por coisas que o Senhor já se dispôs por sua própria vontade a conceder; visto que é do seu agrado que aquelas muitas coisas que fluem de sua liberalidade espontânea devam ser reconhecidas por meio de nossas orações. Isto é testificado por aquela memorável declaração nos salmos a qual muitas outras estão de acordo: “Os olhos do Senhor estão sobre os justos e seus ouvidos estão abertos aos seus clamores.” (Sl 34:15). Esta passagem demonstra que Deus procura a salvação dos fiéis por sua própria vontade, de tal maneira que é de bom grado que ele deseja que eles exercitem sua fé para que se purifiquem de seu esquecimento ou negligência.
Os olhos de Deus estão prontos para auxiliar ao cego em sua necessidade; mas, quer igualmente ouvir aos nossos gemidos, para que possa nos conceder a melhor prova de seu amor. E desse modo ambas as coisas são verdadeiras, “Aquele que guarda a Israel não dormirá e sempre estará alerta” (Sl 121:3) e sempre que ele nos vir mudos e entorpecidos, ele se isolará como se nos tivesse esquecido.




Fonte: João Calvino – O livro de Ouro da Oração – Editora Cristã Novo Século – 2003 – Tradutor: Cláudio J.A. Rodrigues.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Manifestações ABSURDAS - David Wilkerson

Uma mensagem impactante de correção. David Wilkerson alerta a igreja sobre a falsa doutrina do Espírito Santo: "Cair no Espírito", "Unção do Riso", "Mover do Espírito". Nos mostra que isso tudo não é obra do Espírito Santo.


sábado, 8 de outubro de 2011

Testemunho sobre o Pentecostalismo (altamente recomendado)



No livro "A Face de Deus" Michael Horton conecta o gnosticismo ao pentecostalismo. Isso é bastante sugestivo, devido ao calibre desse teólogo. Abaixo está um texto escrito não por um teólogo renomado, mas por alguém que viveu por muito tempo com uma crença falsificada. O texto é muito pessoal, direto e no mínimo confrontador. As observações abaixo são fortes demais para serem ignoradas e muito simples para serem complicadas. LEIAM.


Danilo.


A PEDIDO DE UM PASTOR ESCREVI ESTAS OBSERVAÇÕES
por Nelson Nincao, quinta, 29 de setembro de 2011 às 11:58

1). O que o irmão citou sobre o Pentecostalismo realmente não é tudo. Porque o que acontece lá dentro é muito, muito pior. Eu estive mais de trinta (30) anos dentro daquele movimento. Vi quase tudo o que ocorre lá dentro. É de arrepiar. Hoje, depois que o bom Deus abriu os meus olhos, vejo o quanto eu estava enganado. Sair do Pentecostalismo, para mim, foi uma das maiores bênçãos da minha vida. Nesses anos todos em que estive lá dentro a única coisa boa que posso falar de lá é que há forte motivação e entusiasmo para fazer as coisas. Os pentecostais são muito dedicados. Mas, diga-se de passagem, os Mórmons, Testemunhas de Jeová e Maometanos também o são. Muitos dos pentecostais também são muito sinceros e realmente querem agradar a Deus, mas estão cegos. Têm um zelo sem entendimento (Rom. 10.2).

2). Eu comecei a conhecer o Evangelho numa igreja pentecostal. Eles não davam ênfase na leitura da Bíblia, mas eu queria conhecer a Palavra de Deus. Fui ensinado que os demais crentes, evangélicos não tinham o Espírito Santo. Também fui ensinado que os pastores são ungidos de Deus, quase infalíveis. Ninguém podia julgar o que diziam. Ai daquele que tocasse o “ungido de Deus”. Seria amaldiçoado. Aliás, amaldiçoar as pessoas que discordam deles é uma prática comum no meio pentecostal. Eu mesmo fui vítima dessa maldição algumas vezes. Dois líderes que mais considerava me amaldiçoaram.

3). Línguas estranhas. Aqui foi onde tudo começou. O movimento pentecostal começou com a chamada “segunda bênção”, que tinha como sinal ou evidência o “falar em línguas”. Todos ali são quase que obrigados a falar em “línguas”. Durante todo esse tempo que estive ali eu nunca ouvi uma língua estrangeira ou um dialeto. O que ouvia eram algaravias, - sons incompreensíveis que não dizem nada e que cada um interpreta como quer. As “profecias” eram sempre em torno de coisas óbvias, ou coisas que ninguém podia provar, e até bobagens como “profecias” sobre a vida dos outros, relacionamentos, vestimentas, etc; as “revelações” nunca podiam ser comprovadas. Se era sobre alguma enfermidade, geralmente nem mesmo a própria pessoa tinha conhecimento da enfermidade. Assim por diante.

4). Mais tarde alguns setores do movimento pentecostal não enfatizavam tanto a necessidade do falar em “línguas”, mas o ensino sobre uma “segunda benção”, uma experiência após a conversão, continuou sendo ensinado. Essa “segunda benção”, não é de graça ou por graça. Você tem que “pagar o preço”. Oração, jejuns, santificação, busca, busca e mais busca. E mesmo assim, nem todos a recebiam. Eu ficava desesperado. Achava que não era crente. Pensava que Deus não me amava. Após anos de angustiante luta pela “benção” que nunca vinha, fui ensinado a tentar emitir alguns sons com a boca. Qualquer coisa servia – glo-glo-glo-glo... alabas-alabas-alabas... ripalá...balalá... etc. De repente você está “falando em outras línguas”. Quando não lhe vem nada a mente você fica observando como os outros falam e você os imita. Quem está fora do movimento vê o absurdo, mas quem está lá dentro acha aquilo normal. Fui ensinado a não pensar mas apenas sentir. Se alguém não consegue “falar em línguas” é porque tal pessoa é muito racional. “Não pense” diziam “apenas flua, deixe o espírito fluir”. É verdade que há também os que “fluíram” a coisa sem muito esforço, mas a maioria pena para consegui-lo.

5). Depois que você “aprende” a balbuciar as algaravias, você fica dependente delas e não consegue mais orar sem que aquela coisa lhe encha a mente. É maligno! Todos que “oram em línguas” (algaravias) precisam de libertação. Precisam desaprender aquilo que aprenderam. As algaravias atrapalham você de orar, porque a oração deve ser pensada e quando você pronuncia as tais algaravias não precisa pensar em nada, ou pior pode pensar em qualquer coisa, menos no que está falando. É ridículo!

6). Quando numa reunião todos começam a dançar e falar algaravias, uma ‘alegria’ geral toma conta do ambiente e vira uma “farra”. Um solta gargalhadas, outro cai ao chão, outro pula, treme, etc... Claro que isso não acontece em todas as reuniões. Mas acontece demais por lá. Os pentecostais são ávidos por novidades, e não pelas “antigas veredas” (Jer. 6.16).

7). Espiritualidade de fato, nunca vi ali dentro. Vi, isso sim, muita carnalidade. As pessoas “falavam línguas” mas mentiam, roubavam, adulteravam, brigavam, agiam com brutalidade, faziam negócios escusos, enganavam os irmãos, eram insensíveis, deselegantes, etc. Isso tudo eu vi, e não uma só vez, mais muitas vezes. Eu poderia falar indefinidamente, por horas. De modo que o tal ‘enchimento’ do Espírito não adiantava nada.

8). O que me fez sair de lá? Primeiro é Deus quem nos abre os olhos. É exatamente como na conversão ou como para alguém sair de uma seita. Só Deus. Mas por outro lado, vários fatores me motivaram a sair daquele movimento. Primeiro eu via que, embora nos dissessem que conosco acontecia exatamente igual como no primeiro século da Igreja, eu nunca vi, nem as línguas, nem os sinais apostólicos, nem as maravilhas que aconteceram no primeiro século. Em mais de 30 anos eu nunca vi algo que realmente me reportasse aos tempos apostólicos. Nunca. Nada. A falsificação é bem ruim. Havia uma preocupação dos pastores com o falso, isto é, crê-se que muito do que acontece no meio pentecostal é falso, mas que existe o verdadeiro. Mas enquanto se está atrás do suposto “verdadeiro” todos acabam envolvendo-se com o falso.

9). Eu via que na Bíblia era muito diferente. E ficava deprimido por não ver acontecendo aquilo em nosso meio. Claro, nem podia ser diferente, pois a época dos milagres apostólicos já passou. Os apóstolos passaram. Os sinais dados por Deus para autenticar a mensagem apostólica também ficaram no passado. Demorei para entender isso, mas entendi a tempo. Li muitos livros antigos, dos homens sérios do passado. Então vi que algo estava errado. Ou com eles ou conosco.

10). Eu aprendi a observar a história da Igreja. Temos muito a aprender com a história. A Igreja de Cristo existiu na terra por 1900 anos sem o movimento pentecostal. Irmãos e irmãs, enfrentaram Roma, os Césares, os Papas; encararam as feras, as arenas, as piras ou fogueiras, escreveram livros que nos abençoam até hoje, e tudo isso fizeram “sem o Espírito”??? Será que aqueles irmãos não foram cheios do Espírito??? Segundo os pentecostais, só eles têm o Espírito e essa bênção foi descoberta só pelo final do século XIX e início do século XX. Teria Deus deixado Sua Igreja na terra por 19 séculos sem uma bênção tão especial e necessária??? E se aqueles irmãos do passado não tinham essa bênção, como conseguiram enfrentar o que enfrentaram? Vencer e trazer a chama do Evangelho até nossa geração? E mais, se eles não receberam o Espírito Santo porque não buscaram, então eles cometeram um grande erro. O fato é que eles foram muito diferentes dos crentes das últimas gerações. Então ou eles erraram lá ou nós erramos cá. Os dois grupos não podem estar certos. Um dos dois está errado. E eu prefiro crer os irmãos (remanescentes) daqueles 19 séculos estavam certos, e os pentecostais estão errados.

11). Há alguns anos fizemos um estudo sobre os efeitos do movimento pentecostal sobre a Igreja, seus principais expoentes, e vimos que esse movimento dividiu, criou inimizades, e seus principais líderes se envolveram com falsos ensinos, heresias, escândalos morais, crimes, etc. Por esse estudo eu vi onde desembocou esse movimento. Toda heresia, toda irreverência, toda adulteração nos cultos, todo mundanismo dentro das igrejas, todo comércio vergonhoso do evangelho que vemos hoje, tudo isso teve sua origem no movimento pentecostal. Se não tudo, pelo menos 99%. Disso estou certo. Outra coisa que chamou-me a atenção foi que todos os livros profundos sobre teologia, comentários bíblicos, etc, foram escritos por não-pentecostais. Dos escritores e teólogos pentecostais só li coisas superficiais e de pouca utilidade.

12). A experiência (negativa) também ajudou bastante em minha decisão de abandonar o pentecostalismo. Eu havia sido ensinado a não aceitar nenhuma doença. Contudo eu tenho enxaqueca e nunca fui curado. Deus tem orientado o tratamento e hoje estou muito melhor. Deus me ensinou que ninguém tem o dom de curar hoje. Ele cura, quando assim deseja, mas se não, Ele irá sustentar nossa vida com Sua graça. E esse é o melhor para nós. Contudo, vi pessoas declarando que estavam saudáveis, confessando que não estavam doentes, que não aceitavam nem mesmo o diagnóstico médico, as vi morrerem doentes e brigando com Deus e revoltadas com Ele. Minha esposa é médica. Ela me conta que atende inúmeras pessoas evangélicas, principalmente das igrejas pentecostais e carismáticas, que estão doentes, deprimidas, agitadas, perturbadas emocionalmente, desequilibradas. Muitas dessas pessoas são líderes em suas igrejas (pastores, presbíteros, líderes de célula, líderes de coral, integrantes de bandas, etc. Hoje eu sei que o pentecostalismo faz muito mal à saúde das pessoas.

13). Se você falar com um pentecostal, talvez ele aceite que existe muita coisa falsa por lá – línguas falsas, curas falsas, revelações falsas – mas ele continua crendo que existe o verdadeiro. Agora, eu nunca vi nada ali que fosse digno de ser testemunhado. De fato, tenho é muita vergonha do meu tempo no pentecostalismo. Mas creio que o Deus Soberano usa todas as coisas para nos ensinar.

14). Outra observação que me fez aborrecer o pentecostalismo foi quando comprovei que não éramos os únicos que “falávamos em línguas” (algaravias), mas que isso era também “privilégio” dos Católicos Romanos Carismáticos, adoradores da Virgem Maria (ou melhor, da Deusa-Mãe), também dos Espíritas, invocadores de estranhas entidades, e também dos Mórmons que seguem o falso profeta Joseph Smith e seu anjo Moroni, e que até os Hindus e Maometanos “falam línguas” (algaravias). Quando vi que os pentecostais estavam na mesma categoria dessas seitas, isso me enjoou. E não apenas eles manifestam as algaravias, mas também fazem curas e milagres muito parecidos com os curandeiros pentecostais.

15). O crescimento espantoso do movimento pentecostal também me encucou. O Senhor Jesus disse que a porta é estreita e o caminho apertado e são poucos os que acertam-nos. Então, multidões não entram pela porta estreita e sim pela larga. Elas não andam no caminho restrito e sim no espaçoso e liberal. Quando os pentecostais proclamam que estamos vivendo um grande avivamento, caem num ridículo porque nunca tivemos uma geração de crentes incrédulos, desobedientes, mundanos, imorais. Políticos evangélicos são corruptos, cantores gospel são verdadeiros mercadores, pastores, ou bispos, bispas, apóstolos e apóstolas são trambiqueiros. Nunca se barateou tanto a mensagem do evangelho, nunca se vulgarizou tanto a mensagem da cruz do Calvário, nunca as coisas estiveram tão vergonhosas. Avivamento? Onde? O que vemos, isto sim, é um reavivamento do paganismo, do espiritualismo, do misticismo, da fé metafísica. Mas não um avivamento da Igreja de Cristo. Ainda não.

16).Quem está fora do pentecostalismo percebe que eles dão uma ênfase no Espírito Santo em detrimento de Jesus Cristo. Mas o que ocorre é pior que isso. Nem mesmo o Espírito Santo recebe qualquer honra ali. Quando eles enfatizam o Espírito Santo é só por causa do Seu poder. Tudo o que querem é o poder do Espírito para fazerem maravilhas. Então, de fato, nem mesmo é a Pessoa do Espírito que enfatizam, mas o poder dele. E não querem o poder do Espírito para serem bons esposos, bons pais, bons cidadãos, bons políticos, bons ministros de Cristo, mas querem ser poderosos para serem adorados como pequenos deuses. É só por isso que falam muito no Espírito Santo.

17). Li sobre os antídotos que vocês sugeriram para resguardar as igrejas sadias do veneno do pentecostalismo. Achei-os bons, mas temos que ser absolutamente radicais. Não podemos ceder nem um milímetro. Se abrirmos um milímetro o mal entra e aí não há limites. Vejo que muitos crentes históricos pensam que a coisa não é tão grave. Digo que é muito pior do que se pode imaginar. Por isso precisamos nos humilhar debaixo das mãos de Deus e lhe pedir misericórdia.

Nelson Nincao

FONTE: https://www.facebook.com/notes/nelson-nincao/a-pedido-de-um-pastor-escrevi-estas-observações/235370203179434

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A DECADÊNCIA NEOPENTECOSTAL E O CRESCIMENTO DAS IGREJAS TRADICIONAIS



Crescimento numérico nunca foi, necessariamente, prova da aprovação de Deus. Se assim fosse, teríamos que admitir que os Espíritas e Mulçumanos têm essa aprovação. Porém, isso vinha iludindo um número cada vez maior de pessoas. Quem, sendo membro de uma igreja tradicional, nunca teve que ouvir, num tom sarcástico, irônico e de superioridade:  "sua igreja não cresce", não é relevante para o o reino de Deus? Essa fala era embalada pelo "sucesso" de igrejas como a Renascer e Sara Nossa Terra, que serviu de modelo para muitas outras denominações neopentecostais.

As estatísticas eram, de fato,  desoladoras para as igrejas tradicionais. O senso IBGE de 1991/2001 apontava um crescimento irrisório de denominações tradicionais, como das Igrejas Presbiterianas (0,36%) e Luteranas, que além de não crescer perdeu milhares de membros. Nem mesmo os 20% de crescimento dos Batistas, tradicional denominação protestantes, podiam ser comparados aos mais de 1200% (mil e duzentos pontos percentuais) de crescimento de igrejas como Renascer e Sara Nossa Terra.

Muitos se gloriavam com esse crescimento afirmando ser uma onda de "reavivamento" que o Brasil estava passando. Muitos líderes enriqueceram com o dinheiro do povo. Alias, esse é o propósito da existência de muitas dessas igrejas. Os que não conseguiram enriquecer, por pura falta de talento teatral ou ainda algum resquício de vergonha na cara, hoje vivem das migalhas de suas estagnadas igrejas, que já não dão mais sinais de que se tornarão "mega igrejas", como uma dia sonharam. Mas há uma luz no fim do túnel: muitas igrejas outrora neopentecostais, estão, progressivamente, abandonando esse desvio e se aproximando, cada vez mais, das antigas doutrinas da graça, assumindo uma nova identidade que mais se parece com o modelo das igrejas tradicionais.

Em 1996, então aluno do SPN, lembro-me perfeitamente de uma aula de um renomado  professor de História do Cristianismo, Rev.Maeli Vilella, analisando o momento de euforia que as igrejas neopentecostais estavam experimentando. Dizia ele: "Se a situação econômica, financeira e educacional do país se estabilizar veremos um fenômeno inverso: as denominações pentecostais e neopentecostais entrarão em crise, em declínio, inclusive de crescimento, enquanto as igrejas tradicionais (Batistas, Congregacionais, Presbiterianas) passarão a crescer e a recuperar os anos de estagnação de crescimento".

Dez anos se passaram, o Brasil entrou num importante processo de estabilização em todas essas áreas e o que aconteceu com o crescimento das igrejas neopentecostais, especialmente Renascer, Sara Nossa Terra e todas as outras que seguem esse modelo? O que aconteceu com o crescimento das igrejas tradicionais? 

Bem, recentemente o Senso IBGE 2001/2011 andou divulgando um importante decréscimo no ritmo de crescimento das denominações neopentecostais e, em contrapartida, uma clara recuperação de Igrejas Históricas ou tradicionais. É só pesquisar na blogosfera. Muito embora essas estatísticas apresentem algumas falhas metodológicas, segundo alguns blogueiros, servem para apontar uma tendência que irá, inquestionavelmente, ficar mais clara com o passar do tempo, em permanecendo a atual conjuntura.

Essa análise paralela da relação entre fatores econômicos/sociais/educacionais com as questões religiosas não é nenhuma novidade. Max Weber já havia pensado nessa relação, em seu famoso livro "Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", já abordado nesse blog.

Será que o Rev.Maeli, meu antigo professor, estava profetizando naquela aula? Teria ele recebido uma nova revelação de Deus? Evidentemente que não! Tratava-se apenas de uma análise sociológica e histórica de alguém que conhecia bem o funcionamento das estruturas religiosas ao longo dos séculos. 

Na verdade, a equação é bem simples: ninguém com o mínimo de formação, inteligência e  conhecimento bíblico engole as ladainhas enlouquecidas e ávidas por dinheiro dos neopentecostais. Ou seja, mais incautos = mais neopentecostais. Mais pessoas esclarecidas = menos neopentecostais. Simples assim! Talvez a saída para essas igrejas seja migrar para países ainda menos favorecidos, como Angola e Moçambique. É isso que o visionário Edir Macedo já está fazendo. Sigam-no os bons! (bons?) como diria Chapolim Colorado ou assistam, passivamente, as portas de seus templos serem fechadas. E não se preocupem: suas igrejas não farão a menor falta ao Brasil!

A Revista Isto É, com uma visão privilegiada do momento histórico, registrou a DERROCADA, A DECADÊNCIA E A FALÊNCIA DOS NEOPENTECOSTAIS, na figura antes ilustre da Bispa Sônia Hernandes. Reproduzimos abaixo um breve trecho da entrevista histórica:

ISTOÉ – Em 2002 a Igreja Renascer tinha 1.100 templos no mundo. Hoje são menos de 300. O que aconteceu? Sônia Hernandes – Houve uma readequação, algumas igrejas pequenas foram agrupadas para formar igrejas maiores, ao mesmo tempo que houve um incentivo para a abertura de grupos de desenvolvimento que acontecem nas casas, muitas vezes alimentados pela tevê e pela rádio. ISTOÉ – Só em São Paulo existem cerca de 40 ações de despejo contra a Renascer. Por que a igreja não consegue cumprir com suas obrigações? Sônia – Todas as ações estão em negociação e a igreja tem feito um grande esforço para resolver as questões pendentes. Para acessar a entrevista completa, clique:http://www.istoe.com.br/reportagens/158685_APRENDI+QUE+TUDO+QUE+PASSAMOS+NA+VIDA+TEM+UM+PROPOSITO+
"O líder que poderia imprimir agilidade à administração, o bispo Tid, primogênito de Estevam e Sônia que sempre teve saúde frágil, está em coma profundo há quase dois anos num leito de hospital. Da equipe de aproximadamente 100 bispos de primeiro time que a denominação tinha espalhada pelo Brasil até 2008, metade saiu para outras igrejas levando consigo pastores, diáconos e presbíteros. Para o lugar deles, ascenderam profissionais com menos experiência, o que, especula-se, pode ser um dos motivos da debandada de fiéis [..]. Hoje os Hernandes sangram a igreja para dar sobrevida ao padrão de vida nababesco que têm”, acusa um dissidente. Se nos anos 1990 a opulência do casal servia de chamariz para os adeptos da teologia da prosperidade, que celebra a riqueza material como uma dádiva proporcional ao fervor com que o devoto professa sua fé, hoje ela é uma ameaça à sobrevivência da instituição [...]. Foi também em 2010 que a igreja perdeu seu garoto-propaganda e principal dizimista, o jogador de futebol Kaká. Com a mulher, Caroline Celico, eles formavam uma dupla que fortalecia e divulgava a Renascer no Brasil e no mundo. O casal Hernandes não comenta a saída, muito menos o atleta do Real Madrid. Apenas Caroline arrisca alguns comentários enviesados. “Confiei no que me falavam. Parei de buscar as respostas de Deus para mim e comecei a andar de acordo com a interpretação dos homens”, escreveu ela em seu blog. O mau uso do dízimo pago pelo craque, que sabia do fechamento de templos e da fuga de lideranças, teria motivado o rompimento com a igreja. Foi um baque financeiro e tanto. Kaká é o sexto jogador mais bem pago do mundo e, estima-se, depositava nas contas da Renascer 10% dos R$ 21 milhões anuais que recebia": http://ministeriobbereia.blogspot.com/2011/09/o-declinio-da-igreja-da-bispa-sonia.html 

Se eu desejo o fim do Neopentecostalismo? Claro que sim! Excetuando-se a qualidade  musical, com graves restrições a maioria de suas letras, o neopentecostalismo não trouxe nenhuma contribuição ao verdadeiro evangelho. De onde procedem os escândalos? As vergonhosas propinas recebidas? A ideia de que todo pastor é ladrão? A falsa pregação? O engano? O evangelho água com açúcar? A famigerada teologia da prosperidade? Dos Neopentecostais. Alguém pode negar isso? Esse deveria ser o desejo de todo aquele que tem as Escrituras Sagradas como sua única regra de fé e de prática. E acreditem: isso não é desejar mal ao próximo. É, antes, desejar o bem ao evangelho de Cristo.

domingo, 17 de julho de 2011

MOTIVO DE ORAÇÃO

As Igrejas Reformadas em Nigéria estão convocando um dia de jejum e oração para domingo dia 17 de julho de 2011. Os cristãos em Nigéria estão sendo cruelmente perseguidos e mortos por grupos armados muçulmanos, especialmente na região norte do pais. No ano passado, 2.000 Cristãos foram assassinados. Em abril de 2011, 60 igrejas foram incendiadas e milhares de residências de Cristãos foram destruidas.

O Pastor Yousef Nadarkhani, Cristão iraniano, tem sido condenado à morte por causa da sua fé em Cristo. Pare, e pense um momento sobre isto: em pleno 2011, alguém será executado pelo Estado por causa de crer em Cristo. Por favor, não deixe de comunicar seu repúdio, mandando um email à embaixada do Irã no endereço consular@irembassybr.com (lembre-se de falar a verdade em amor).

Oremos.

sábado, 11 de junho de 2011

O Espírito e a Pregação


Neste vídeo o Dr. Sinclair Ferguson fala sobre o significado da justiça de Cristo imputada aos Crentes. Ouça-o! (legendado).


Abaixo, um texto do mesmo autor sobre o Espírito e a Pregação


Por Dr. Sinclair Ferguson

Nas listas que o Novo Testamento apresenta, é dado um lugar central aos dons para o ensino e a pregação da palavra de Deus. Isso já era verdadeiro nos dias apostólicos, como deixa transparecer claramente o ministério dos apóstolos.

O ministério de Paulo em Éfeso exibe este enfoque com grande clareza. Ele chegou a ser caracterizado pelos sinais confirmativos do ministério apostólico até mesmo além do normal: “Deus fazia milagres extraordinários ...” (At 19.11). Todavia, a peça central da obra de Paulo foi a preleção na escola de Tirano, onde por dois anos ele ensinou diariamente aos discípulos. O seu  comentário pessoal sobre aquele período de sua vida é iluminador: ensinou aos efésios; pregou o reino e proclamou todo o conselho de Deus (At 20.20; 25; 27). De fato, uma tradição textual sugere que ele fez isso até durante o período da sesta (= descanso) diária, por várias horas, talvez por cinco horas a fio, a cada dia.



À luz disto, as instruções de Paulo a Timóteo, que ultimamente estava ministrando em Éfeso, adquire uma significação especial. O foco de sua atenção é posto no papel central do ensino e pregação bíblicos no período pós-apostólico. Timóteo devia dar atenção não só à leitura (1 Tm 4.13), mas devotar-se ao manejo da palavra de Deus com eficácia (2 Tm 2.15). Deveria pregar de tal maneira que ficasse bem claro como a Escritura é “útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. Enquanto assim pregasse a palavra, ele deveria “corrigir, repreender e encorajar – com grande paciência e criteriosa instrução” (3.16–4.2; a divisão normal de capítulo não é muito feliz aqui).



Nesta conexão, Paulo considera a palavra de Deus como “a espada do Espírito” (Ef 6.17), pela qual ele tem em mente não só que ela foi forjada pelo Espírito (inspiração), mas também que ela é empregada pelo Espírito com poderoso efeito (cf. Hb 4.12-13). Através dela o Espírito honra a Cristo e produz convicção de pecado (Jo 16.8/11), como ele fez através da pregação de Pedro no Dia de Pentecostes. Embora a proclamação feita pelas línguas tenha impressionado alguns dos que a ouviram, foi a pregação que Pedro fez com base nas Escrituras que efetuou a conversão de três mil pessoas.
Em outra parte Paulo indica o que está no coração de comunhão tão eficaz. Ela não provém de nenhuma retórica, sabedoria ou oratória humanas, mas do poder – a marca registrada do Espírito (cf. At 1.8). Sua pregação aos coríntios foi “não com sabedoria e palavras persuasivas, mas com a demonstração do poder do Espírito” (1Co 2.4). Sua pregação aos tessalonicenses foi de um caráter semelhante: “nosso evangelho veio a vós não simplesmente com palavras, mas também com poder, com o Espírito Santo e com profunda convicção... recebestes a mensagem com alegria produzida pelo Espírito Santo” (1Ts 1.5-6).
Várias coisas caracterizavam tal pregação. A primeira era o evidente enfoque de Paulo centrado na pessoa e obra de Cristo (1Co 1.23; 2.2) e, particularmente, no Cristo crucificado como o poder e sabedoria de Deus. A segunda era a maneira como ela se adequava na grade da função das Escrituras dadas pelo Espírito (ensino, repreensão, correção e cura, e treinamento na justiça, cf. 2 Tm 3.16–4.2). A terceira era o contexto no qual ela era posta na vida do pregador. Aqui se torna relevante nossa discussão anterior sobre a união com Cristo, pois a poderosa pregação de Paulo parece ter sido com freqüência um correlato de sua experiência de provações e angústias. Ele vivia em Corinto “em fraqueza e temor, e... muito tremor” (1Co 2.3). Foi na incitação do sofrimento e insulto em Filipos que ele pregou em Tessalônica de forma muito frutífera (1 Ts 2.2). Em Cristo ele era fraco, ainda que vivesse com Cristo para servir em seu ministério (2 Co 13.5).
A marca registrada da pregação que o Espírito efetua é a “ousadia” (parrhesia = pan + rhesis, At 4.13, 29, 31; Fp 1.20; cf. 2 Co 7.2). Como no Antigo Testamento, quando o Espírito enche o servo de Deus, ele “se veste” com essa pessoa, e os aspectos da autoridade do Espírito são ilustrados na corajosa declaração da palavra de Deus. Essa ousadia parece envolver exatamente o que ela denota: há liberdade de expressão. Obtemos vislumbres ocasionais disto em Atos dos Apóstolos. O que foi dito do antigo pregador da Nova Inglaterra, Thomas Hooker, se torna uma visível realidade: quando ele pregava, os que o ouviam sentiam como se ele tivesse pegado um rei e posto em seu bolso! Há um senso de harmonia entre a mensagem que está sendo proclamada e o modo como o Espírito se veste com o mensageiro. Aqui as cortantes palavras de Gordon Fee certamente acertam o alvo:
A oratória polida às vezes ouvida dos púlpitos, onde o próprio sermão parece ser o alvo do que se diz, causa admiração se o texto for ouvido. O próprio ponto de Paulo requer uma nova audição. O perigo está sempre em deixar a forma e o conteúdo substituir aquilo que deve ser a única preocupação: o evangelho proclamado através da fragilidade humana, mas acompanhado pela poderosa obra do Espírito, de tal sorte que as vidas são transformadas pelo encontro do divino-humano. Isso é difícil de se ensinar num curso de homilética, mas ainda permanece como a verdadeira necessidade na pregação genuinamente cristã.([1])
A pregação da palavra de Deus é o dom central do Espírito, dado por Cristo à igreja. Por meio dela a igreja é edificada em Cristo (Ef 4.7-16). Provar-se-á ser um dos enigmas da vida eclesiástica contemporânea, quando visualizada à luz de alguma era futura, que a abdicação da qualidade e da confiança na exposição da Escritura e a fascinação com a imediação das línguas, interpretações, profecia e milagres eram coincidências?
A vida eclesiástica contemporânea, quando visualizada à luz de alguma era futura, não nos provará que um dos seus enigmas, qual seja a abdicação da qualidade e da confiança na exposição da Escritura e a fascinação com a imediação das línguas, interpretações, profecia e milagres, eram coincidência?
Fonte: “Dons Para o Ministério” – Dr. Sinclair Ferguson – Editora os Puritanos, pp. 54-58



[1] Fee, op. cit., pp. 96-97.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Decisão do STF – DIREITO DE PECAR?!


Por Pr. Josafá Vasconcelos

Estive lendo alguns blogs, de colegas, bem como manifestações de entidades religiosas de cunho evangélico, que apóiam a decisão do STF, sobre a união estável dos homossexuais, como sendo um direito legítimo de uma classe minoritária. Alegam que discordam do homossexualismo, mas que, os que escolheram essa opção devem usufruir da liberdade de existir como qualquer outro seguimento da sociedade. Confesso que até eu, a princípio, ponderei que fosse razoável pensar assim; contudo examinando as Escrituras, lendo esses pronunciamentos, acompanhando os debates e orando, vi que esse modo de pensar está totalmente errado e completamente contrário ao bom senso e ao que ensina a Palavra de Deus, pelas seguintes razões:

1. Por causa da Glória de Deus
O pecado avilta a glória de um Deus santo. Deus é santo, e nada irá diminuir a Sua santidade. Nossos pecados não diminuem nem um milímetro da Sua glória, mas o propósito do diabo é o descontentamento de Deus por ver criaturas suas, tão preciosas, criadas à Sua Imagem, profanando Seu Nome diante da Sua face. Como podemos aceitar isso? Não podemos proibir homens e mulheres de serem homossexuais, prostitutas, viciados, alcoólatras, etc. e de afrontarem a Deus com sua práticas, mas podemos lutar para que não tenham as facilidades da lei para fazê-lo. Temos que lutar para impedir que a podridão avance; não é isso que o sal faz? Eles precisam saber que é porque amamos a Deus, acima de tudo, que não podemos concordar que continuem a blasfemar do Seu santo nome, do contrário, não poderíamos orar de sã consciência a oração do Pai Nosso, “Santificado seja o Teu Nome”. Cristo amou os pecadores, mas jamais negociou seu objetivo maior que era glorificar o Pai. A decisão do STF, avilta, insulta, afronta e depõe contra a glória de Deus.

2. Porque ninguém tem o direito de pecar
Não existe tal direito. O pecado é uma ofensa ao Deus o Criador, é um insulto aos céus. O homem foi criado para a glória de Deus e para obedecer seus mandamentos, não havia outra opção no Éden e nem há agora, a única é obedecer, fora disso, morte! Não há tolerância da parte de Deus para os que rejeitam seus mandamentos. Os sofrimentos de Cristo, o cálice da Ira que Ele teve de beber, a agonia e o pavor da morte que sentiu no Getsêmani, mostram como Deus trata o pecado. Portanto, Ele não dá aos homens o direito de pecar, ao contrário, por causa do pecado, constitui-se inimigo do pecador, e não lhes dará sossego, serão atormentados o tempo todo pela, “norma da lei escrita em seus corações testemunhando-lhes a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-os…” , pelo Espírito Santo, que contende com o espírito do homem (Gn 6:3), pelos flagelos, que são conseqüência do próprio pecado, e até pelo Diabo, que acaba sendo um instrumento nas mãos de Deus, “peneirando-os” para ver se alguns deles, através do sofrimento, encontram arrependimento e sejam salvos no dia do juízo (1 Co 5:5); tudo Deus faz para atormentá-los, sem lhes dar trégua, a fim de saberem que ninguém têm o direito de viver na face da terra em rebeldia contra Ele. Essa aflição contínua, ainda é uma oportunidade misericordiosa da parte de Deus, na expectativa que se voltem para Ele, pois já há muito deveriam ser destruídos, como diz as Escrituras: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos…” (Lm 3:22). Por essa razão, não podemos apoiar nada que possa favorecê-los em seus pecados. Aprendemos muito com o Senhor Jesus sobre como devemos nos compadecer de pecadores, mas não encontramos nada na Bíblia que nos ensine a apoiar a institucionalização da prática do pecado. Ele disse a mulher pecadora, eu te perdôo, mas imediatamente disse. “VAI E NÃO PEQUES MAIS”.

3. Porque os amamos
Se os amamos, aí é que devemos cooperar para o seu desconforto. A melhor forma de demonstrar nosso amor, é odiar e condenar aquilo que os subjuga e os destrói. Eu percebo que esses irmãos dos blogs, estão preocupados em não serem injustos com essas minorias, “descriminadas e desfavorecidas”, mas, seria o caso de favorecer para que pequem mais confortavelmente, com direitos garantidos? E seria essa a forma, de exercer piedade para com eles? Certamente que não. Ao contrario, os “amigos” que apóiam essa união infame, estão sendo cruéis e desalmados. Se você sabe que existe um inferno e crê que ele é um lugar de “trevas e ranger de dentes, onde seu bicho não morre e o fogo nunca se apaga…”, se você sabe que as escolhas que esses queridos fizeram os leva a passos largos para a perdição eterna num “lago que arde com fogo e enxofre” e, mesmo assim, deixa de advertí-los, e pior, apóia e favorece o que lhes aumentará o juízo: Sinto muito, mas você não os ama! Não seria melhor ser honesto e dizer a eles: “Eu amo vocês, estou pronto a ajudar e apoiar qualquer coisa que possa livrá-los dessa situação, mas de sã consciência, pelo que creio ser verdade absoluta, não posso cooperar com o seu pecado. O conforto desta união estável, e a solução que isso possa trazer para resolver todos os problemas temporais, lhes resultará em mais juízo e maior tormento na eternidade, dessa forma, sinto, eu os amo: não posso apoiar”?

4. Porque o Estado é Ministro de Deus
Estão dizendo: “mas o Estado tem que regular o mal que já existe, não tem jeito”. Até citam textos, para justificar, como o de Salomão aceitando a condição das prostitutas ao julgar o caso do bebê de uma delas (formando doutrina de um fato descritivo) e o de José que teria sustentado os Sacerdotes de Osíris, (como se não fosse o segundo no reino, porque se fosse o primeiro os teria imediatamente expulsado) ou Daniel, que governou admitindo todos os problemas de um reino pagão, contudo, seja qual for a interpretação, não poderá contradizer o que está claro sobre qual é a vontade de Deus para o Estado.

Os Ministros do Supremo Tribunal, a Presidente e todas as autoridades constituídas em poder, deveriam saber, e se não sabem, temos profeticamente de ensiná-los, que eles são Ministros de Deus, por Ele instituídos para o bem da sociedade. Para promover o bem e reprimir o mal (Rm 13:1-7). É dever dos magistrados, exercer em nome de Deus toda autoridade contra tudo que ameaça a sociedade e não favorecer. Serão responsabilizados pela aprovação de leis como: Divórcio por qualquer motivo, legalização do aborto em caso de estupro, da maconha, etc.

Ora, a história é testemunha, de que grandes civilizações foram aniquiladas e desapareceram do mapa por causa da degradação moral, tendo o homossexualismo como o componente mais importante e fator predominante para a destruição daquelas sociedades. São tão inteligentes, tão cultos, e não aprenderam isso? Nós, no entanto, sabemos pela história e pelo relato bíblico o fim que tiveram Sodoma e Gomorra. Dessa forma, somos indesculpáveis e estaremos pecando se concordarmos com o Estado quando aprova, contra Deus, o direito de pecar, porque toda vez que isso acontece o Estado se torna em nome de Deus, ministro do pecado, e nós seus cúmplices.

Conclusão
Como Igreja, não podemos agir de modo contrário à vontade de Cristo o cabeça do corpo, cujo propósito maior, que lhe consumia a alma era fazer a vontade do Pai, “Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis”; “… disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”, “glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer”. Por isso não podemos negociar, por nada desse mundo, a Glória de Deus! É isso que deveria nos consumir também, afinal esse é o fim principal do homem, segundo o nosso Símbolo de Fé. Qualquer coisa que venha a ameaçar essa glória, mesmo que possa ferir ou magoar alguém muito querido, não pode extinguir o zelo em nosso coração pela glória de Deus.


FONTE: GRANDE MOMENTO

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Voltemos Evangelho

Primeira Conferência Cante as Escrituras
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É com muita alegria e louvor a Deus que anunciamos a Primeira Conferência Cante as Escrituras, que ocorrerá na Igreja Batista Central de Fortaleza (de Pedras), no Ceará [como chegar?]. Acontecerá dia 21 de maio (sábado) das 19:00h às 21:00h. Iremos defender, através de uma análise bíblica, as três premissas básicas de nosso manifesto: "A música cristã deve ser centrada nas Escrituras", "A música cristã deve ser baseada nos Atributos de Deus" e "A música cristã deve expor Cristo".
Com o intuito de cobrir parcialmente alguns gastos e abençoar outras vidas, a conferência não será gratuita. Mas sem desespero! A entrada custará UM REAL + 1 kg de alimento não perecível. O dinheiro cobrirá gastos, os alimentos serão doados para a ação social da própria IBC.
Pregador: Yago Martins, co-diretor e co-fundador do Cante as Escrituras, membro do Ministério Voltemos ao Evangelho e da Missão GAP.
Se você mora no Nordeste do Brasil, especialmente no Ceará, não perca essa oportunidade. Esperamos você lá para juntos proclamarmos uma música gospel mais cristã!
NOTA: A conferência será transmitida ao vivo por twitcam. Siga o Twitter do Cante as Escrituras e esteja online dia 21, às 17:00 horas para conferir.