quinta-feira, 24 de abril de 2008

SEGURANÇA EM CRISTO

(C.H. Spurgeon)
Nada mais tenho para dizer a vocês, senão: “Há vida num olhada no Crucificado,” e cada um que olhar, a receberá aqui, agora, imediatamente. Quem dera que muitos olhassem! Vocês não compreendem a mensagem? Cristo suportou em si mesmo a ira de Deus, em favor daqueles que nele confiam. Jesus Cristo tomou sobre si os pecados de todos quanto nele confiam, e foi castigado no lugar de todo aquele que nele crê, como substituto deles, de modo que Deus não castigará o crente, porque já castigou Cristo em lugar deste.
Cristo morreu em favor da pessoa que nele crê, de modo que seria injustiça da parte de Deus castigar aquela pessoa, porque como castigará duas vezes pelo mesmo delito? A fé é o selo e a evidência de que você foi redimido mil e novecentos anos atrás no ensangüentado madeiro do Calvário, e você estará justificado, e quem levantará acusação contra você? “É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou” (Rm 8.33, 34). É este o evangelho da sua salvação. “Oh, mas não estou sentindo.” Mas será que falei alguma coisa a respeito de sentir? Você sentirá alguma coisa depois de ter fé. “Mas não estou vivendo corretamente.” Não me importo quanto a isso, pois Jesus diz: “Asseguro-lhes que aquele que crê tem a vida eterna” (Jo 6.47). “Oh, mas … “ Fora com seus “mas.” Aqui está o evangelho: “Quem quiser, beba de graça da água da vida.
O Espírito e a noiva dizem: ‘Vem!’” E aquilo que tanto o Espírito quanto a noiva de Cristo dizem, certamente eu posso dizer, e assim faço; e que Deus abençoe essa pregação, e que vocês a aceitem, vocês que estão aguardando. Que vocês olhem, creiam, e vivam, por amor a Jesus! Amém.

terça-feira, 15 de abril de 2008

VIVENDO COM SIMPLICIDADE

Pr. Dória

Aprendemos na Bíblia que a vida cristã é paradoxal: vivemos quando morremos; triunfamos quando somos derrotados; conquistamos quando perdemos; somos fortes quando estamos fracos; exaltamos quando nos humilhamos; maiores quando servimos; sábios quando simples; livres quando servos; possuindo tudo quando nada temos; recebendo quando damos e ganhando quando perdemos.

O difícil é aceitar e encarar com naturalidade esses paradoxos divinos. A nossa natureza corrompida, orgulhosa, altiva e o ardente desejo de abundância e opulência da sociedade atual são os maiores obstáculos a viver uma vida em simplicidade.
Richard J. Foster, no seu livro “Celebração da Disciplina”, diz que “o ponto central da simplicidade é buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, tudo o que for necessário virá em sua devida ordem (Mt.6:25-33). Tudo depende de manter em primeiro lugar o que realmente é ‘primeiro’. Nada deve vir antes do ‘Reino de Deus’, nem mesmo o desejo de viver uma vida simples. A prova maior de que estamos buscando o Reino de Deus em primeiro lugar, é um viver livre de ansiedade. Essa liberdade de ansiedade caracteriza-se por três atitudes interiores:
1) Receber o que temos como um dom de Deus;
2) Saber que é o negócio de Deus, e não nosso, cuidar do que temos;
3) Ter nossos bens disponíveis aos outros.”

Se recebemos o que temos como um dom, se o que temos recebe o cuidado de Deus e se o que temos está disponível aos outros, então seremos livres de ansiedade. Isto é o ponto central da simplicidade.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Precisamos Novamente de Homens de Deus

A. W. Tozer

A igreja, neste momento, precisa de homens, o tipo certo de homens, homens ousados. Afirma-se que necessitamos de avivamento e de um novo movimento do Espírito; Deus, sabe que precisamos de ambas as coisas. Entretanto, Ele não haverá de avivar ratinhos. Não encherá coelhos com seu Espírito Santo.

A igreja suspira por homens que se consideram sacrificáveis na batalha da alma, homens que não podem ser amedrontados pelas ameaças de morte, porque já morreram para as seduções deste mundo. Tais homens estarão livres das compulsões que controlam os homens mais fracos. Não serão forçados a fazer as coisas pelo constrangimento das circunstâncias; sua única compulsão virá do íntimo e do alto.

Esse tipo de liberdade é necessária, se queremos ter novamente, em nossos púlpitos, pregadores cheios de poder, ao invés de mascotes. Esses homens livres servirão a Deus e à humanidade através de motivações elevadas demais, para serem compreendidas pelo grande número de religiosos que hoje entram e saem do santuário. Esse homens jamais tomarão decisões motivados pelo medo, não seguirão nenhum caminho impulsionados pelo desejo de agradar, não ministrarão por causa de condições financeiras, jamais realizarão qualquer ato religioso por simples costume; nem permitirão a si mesmos serem influenciados pelo amor à publicidade ou pelo desejo por boa reputação.

Muito do que a igreja faz em nossos dias, ela o faz porque tem medo de não fazê-lo. Associações de pastores atiram-se em projetos motivados apenas pelo temor de não se envolverem em tais projetos. Sempre que o seu reconhecimento motivado pelo medo (do tipo que observa o que os outros dizem e fazem) os conduz a crer no que o mundo espera que eles façam, eles o farão na próxima segunda-feira pela manhã, com toda a espécie de zelo ostentoso e demonstração de piedade. A influência constrangedora da opinião pública é quem chama esses profetas, não a voz de Jeová.

A verdadeira igreja jamais sondou as expectativas públicas, antes de se atirar em suas iniciativas. Seus líderes ouviram da parte de Deus e avançaram totalmente independentes do apoio popular ou da falta deste apoio. Eles sabiam que era vontade de Deus e o fizeram, e o
povo os seguiu (às vezes em triunfo, porém mais freqüentemente com insultos e perseguição pública); e a recompensa de tais líderes foi a satisfação de estarem certos em um mundo errado.

Outra característica do verdadeiro homem de Deus tem sido o amor. O homem livre, que aprendeu a ouvir a voz de Deus e ousou obedecê-la, sentiu o mesmo fardo moral que partiu os corações dos profetas do Antigo Testamento, esmagou a alma de nosso Senhor Jesus Cristo e arrancou abundantes lágrimas dos apóstolos.

O homem livre jamais foi um tirano religioso, nem procurou exercer senhorio sobre a herança pertencente a Deus. O medo e a falta de segurança pessoal têm levado os homens a esmagarem os seus semelhantes debaixo de seus pés. Esse tipo de homem tinha algum interesse a proteger, alguma posição a assegurar; portanto, exigiu submissão de seus seguidores como garantia de sua própria segurança. Mas o homem livre, jamais; ele nada tem a proteger, nenhuma ambição a perseguir, nenhum inimigo a temer. Por esse motivo, ele é alguém completamente descuidado a respeito de seu prestígio entre os homens. Se o seguirem, muito bem; caso não o sigam, ele nada perde que seja querido ao seu coração; mas, quer ele seja aceito, quer seja rejeitado, continuará amando seu povo com sincera devoção. E somente a morte pode silenciar sua terna intercessão por eles.

Sim, se o cristianismo evangélico tem de permanecer vivo, precisa novamente de homens, o tipo certo de homens. Deverá repudiar os fracotes que não ousam falar o que precisa ser externado; precisa buscar, em oração e muita humildade, o surgimento de homens feitos da mesma qualidade dos profetas e dos antigos mártires. Deus ouvirá os clamores de seu povo, assim como Ele ouviu os clamores de Israel no Egito. Haverá de enviar libertação, ao enviar libertadores. É assim que Ele age entre os homens.

E, quando vierem os libertadores... serão homens de Deus, homens de coragem. Terão Deus ao seu lado, porque serão cuidadosos em permanecer ao lado dEle; serão cooperadores com Cristo e instrumentos nas mãos do Espírito Santo...