quarta-feira, 23 de março de 2011

PODEMOS JULGAR? (Resposta ao email de uma leitora)

Recebi de uma leitora o seguinte email:

Prezado Sr

Venho atraves, deste, não lhe julgar, como pelo o pouco que vi em seu blog o sr o faz, mas perguntar porque?
Porque que invés de falar mal dos outros pregadores, de criticar, apontar o dedo, julgar, porque que o sr não utiliza este tempo falando da fé?

Graças Ao SENHOR, a cinco anos e pouco sou convertida, se não fosse o criticaria muito, pois é estranho o blog de alguém da fé, tendo como na maioria ofensas e julgamentos aos outros, O SEHOR JESUS fez isso? não... ELE não é assim.

Sabe sr, na Igreja que frequento não nasci de uma religião, mas da água e Do Espírito, de verdade mesmo! eu e meu esposo.
Não estou aqui para lhe ofender de maneira nenhuma e não entenda mal, só não acho legal o conteúdo pelo o pouco que vi no seu blog.

Estou na IURD a cinco anos e pouco, antes julgara muito, mas lá dentro soube o que é vida, de verdade! Graças a DEUS, e nunca fui obrigada a nada, os pregadores são julgados e não julgam, a Igreja já levou dezenas de processos vindas de acusações certamente falsas, pois o SENHOR abençoa cada vez mais esta obra. esta escrito " se perseguiram a Mim perseguirão a vós outros..."

Não fale mal, eu adoro a DEUS e amo minha Igreja, que me recebeu do jeito mundano que eu era e hoje sem explicações.
Desculpe por qualquer coisa, mas não fale mal da minha Igreja, eu não deveria estar defendendo pois O Prórpio SENHOR a defende, mas quero que saibas o relato resumido de uma membra e saiba que não é como falam ao contrário.

Obrigada pastor por sua atenção.
Que O SENHOR o abençoe.

Cristiane

Esta foi a resposta que lhe enviei:

Prezada Irmã,

Obrigado por me escrever, ao invés daqueles que para defenderem os seus líderes me atacam anomimamente.
Gostaria no entanto que você lesse esse email até o final, e espero que você possa compreender a minha posição.

Vejo que estamos diante de uma questão de interpretação do que seja julgar.
O que mais se vê nestes “últimos dias” são heresias pregadas em muitas igrejas por aí. A cada dia ficamos mais indignados com tamanha distorção Bíblica, o Evangelho genuíno está sendo deixado de lado e sendo trocado por uma “teologia popular” voltada ao misticismo, aos modismos, as falsificações bíblicas e fetiches populares.

Apóstolos, pai-póstolos, gurus gospel tem surgido por aí trazendo um "outro evangelho". A palavra de Deus em sua essência é trocada por modismos, por hierarquias eclesiásticas, por dinheiro e por interesses particulares destes "super crentes". São tantos "shofás proféticos". É tanto "mantra gospel" , é tanto ré-plé-plé! Quebra de maldições hereditárias onde o crente nunca se converte de verdade, seções de descarrego, sabonetes de arruda, rosa ungida, sal grosso... É tanto "copo d'agua consagrado". Unções especiais, urros, gritos, histerias, etc.

Diante de tudo isso, muitos Cristãos infelizmente tem se calado, pois existe um conceito errado de que não devemos julgar nada, que não é o nosso papel estar julgando o que ocorre com estas pessoas, principalmente se vamos falar de algum “líder” que esteja em um comportamento que vai contra as escrituras.

Resumindo, querem nos calar mesmo! Já não bastasse a perseguição contra os Cristãos que hoje em dia ocorre em muitos lugares no mundo, inclusive no Brasil, ainda temos que aguentar a distorção bíblica de que jamais deveremos abrir a boca sobre pastor x, apóstolo y, pois são os "ungidos de Deus". Nestes ninguém fala, até Davi foi repreendido pelo profeta Natan, mas estes líderes contemporâneos não podem ser repreendidos por algum erro ou heresia. É proibido pensar, é proibido julgar! Muitas mentes estão sendo cauterizadas por esta "nova doutrina".

Existem algumas passagens Bíblicas que muitos Cristãos têm interpretado erroneamente a respeito de julgamento. Meu compromisso é desmistificar e esclarecer ao Povo de Deus  de que não devemos nos calar jamais, pelo contrário, devemos por obrigação exortar e lutar pelo Evangelho genuíno de Cristo, afinal, quem ama luta pela verdade, pois "O amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade". (1 Co 13:6).

“Não julgueis, para que não sejais julgados.” Mateus 7:1

Em primeiro lugar deixo claro que aqui JESUS claramente proíbe o julgamento. Mas a grande questão é se JESUS proíbe qualquer julgamento ou somente certo tipo de julgamento. O versículo 1 por si mesmo não nos dá uma resposta para esta pergunta. Por isso temos que aplicar uma regra fundamental para poder interpretar a Bíblia. Analisar sempre o contexto da passagem citada para poder saber de que se trata a mesma, pois sabemos que texto fora de contexto é um pré-texto para formar até mesmo uma heresia.

Para sabermos de que tipo de Julgamento JESUS proibiu nesta passagem vamos analisar o contexto:

“Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão” Mt 7:2-5

Analisando o contexto podemos ver claramente que JESUS proíbe especificamente o “julgamento hipócrita”. Jesus diz aos judeus no versículo 1 que eles não devem julgar. No versículo 2, ele dá a razão pela qual eles não devem julgar: o padrão que eles usam para julgar os outros será o mesmo padrão que os outros usarão para julgá-los. Eles não devem ignorar seus próprios pecados, enquanto condenando os mesmos pecados nos outros. Fazer isto é julgar com um “padrão Duplo”, ou seja, julgar hipocritamente.

Não é hipócrita condenar o irmão por uma pequena falta, ou mesmo tentar ajudá-lo a sobrepujá-la, quando você mesmo é culpado de uma falta maior? Esta é a grande questão que JESUS estava colocando diante do povo nesta passagem.

Note que o pecado dos dois pecadores (a pessoa e seu irmão) é o mesmo em dois respeitos. Primeiro, é o mesmo em natureza: em ambos os casos um pedaço de madeira estava no olho da pessoa. Segundo, ambos estão atualmente pecando: o pedaço de madeira estava no olho deles naquele momento. A diferença entre as suas faltas é somente uma de tamanho: um pedaço é pequeno, e o outro é grande. É hipocrisia alguém cujo pecado é maior condenar alguém cujo pecado é menor, sendo em ambos os casos o mesmo tipo de pecado (vs 5). Em outras palavras, uma mulher que está abortando um feto de oito meses não está na posição de repreender um homem que mata um caixa de banco, e o homossexual não está na posição de criticar infidelidades num casamento homossexual!

Mateus 7:1, de acordo com o seu contexto, não proíbe todo julgamento e intolerância, mas somente o julgamento e intolerância hipócrita. De fato, ele requer de nós que, após nos arrependermos dos nossos próprios pecados, condenemos o pecado do irmão como pecado, e ajudemo-lo a se voltar dele.

“tira primeiro a trave do teu olho”, diz Jesus, “e então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão”. Mt 7:5

Jesus ordena uma intolerância genuína, e não hipócrita, do pecado que o irmão comete.

Outra passagem bastante utilizada é João 8:7-11. O contexto é a história da mulher que foi pega no próprio ato de adultério e trazida a Jesus pelos escribas e fariseus. No versículo 7, Jesus diz aos escribas e fariseus: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra”. No versículo 11 ele fala para a mulher: “Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais”. Os defensores da tolerância usam estas palavras para argumentar que ninguém deveria condenar outras pessoas, pois não é melhor que elas.

Entendamos por ora que, quando alguém julga, ela dá um veredicto: Culpado ou inocente. Após ser julgada, a pessoa é sentenciada: A pessoa culpada é condenada (sentenciada ao castigo) e a inocente é liberta. O ponto é que julgar e condenar são duas coisas distintas, relacionadas, mas não idênticas.

Tendo isso em mente, note que Jesus de fato julga esta mulher, mas não a condena. Ao dizer-lhe “vai e não peques mais”, Jesus indica que ela tinha pecado. Em si mesma, a acusação dos fariseus estava correta, e Jesus julgou o pecado como sendo pecado.

Isto mostra intolerância pela ação pecaminosa! Seguindo o exemplo de Jesus, devemos dizer aos pecadores que mostrem arrependimento genuíno não mais cometendo pecado.

Embora Jesus tenha julgado a mulher, ele não a condenou. Ela pode ir embora: ela não foi executada. O evangelho para o pecador penitente é:

“Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”Rm 8:1
Esta é a mensagem que Jesus dá à mulher; o próprio Jesus foi condenado por ela! Ele suportou o castigo que lhe era devido, para que ela pudesse ser livre!

A resposta de Jesus aos fariseus expõe o julgamento hipócrita deles no assunto (o propósito primário deles, certamente, não tinha nada a ver com a mulher; era pegar Jesus em suas próprias palavras. Todavia, Jesus sabia que os fariseus se orgulhavam da justiça própria deles, e respondeu à luz deste fato).

Os fariseus, Jesus Recorda-os, também eram culpados de pecado, e especificamente de adultério, quer físico ou no coração. Porque também não eram livres de pecado, também eram dignos de morte como ela. Assim, ao desejar saber que julgamento ela deveria ter recebido, eles revelaram sua própria hipocrisia e motivação errônea.

João 8:7 e 11 nos ensinam como tratar os que pecam. O versículo 11 diz que devemos desejar o arrependimento do pecador; o versículo 7 nos ensina que não devemos fazer isso hipocritamente, nem com motivos errôneos ou de uma maneira imprópria. Contudo, a passagem não quer dizer que nunca devemos considerar as pessoas responsáveis por seus pecados (isto é, julgar o pecado como sendo pecado).

Agora gostaria de colocar as passagens Bíblicas que nos ordenam julgar.

João 7:24
“Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça”.

Outras passagens na Escritura nos ordenam positivamente a julgar. Uma passagem que nos diz isso claramente é esta citada acima. Ela se encontra no contexto da discussão de Jesus com os judeus que questionaram sua doutrina, e tinham-no acusado de ter um diabo (Jo 7:20) e de quebrar o dia do Sábado curando um homem (Jo 5:1-16). A eles Jesus diz: “Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça”. Ao dizer “não julgueis”, Jesus não pretende proibir o julgamento como tal, mas proibir certo tipo de julgamento, como a parte positiva deste versículo deixa claro. Podemos julgar, mas quando o fizermos, devemos julgar justamente.

O julgamento exterior e superficial – isto é, julgar simplesmente sobre base do que parece ser o caso, sem conhecer todos os fatos – é um julgamento imprudente, injusto e sem discernimento, que é contrário ao nono mandamento da lei de Deus. Deus odeia tal julgamento. O Julgamento justo é feito usando a lei de Deus como o padrão pelo qual discernimos se o que parece ser é o caso é realmente o caso.

1 Co 5
1 Coríntios 5 é um capítulo importante com respeito ao dever positivo de julgar. Primeiro, no versículo 3 Paulo declara, sob a inspiração do Espírito, que ele tinha julgado um membro da igreja em Corinto que estava vivendo no pecado da fornicação. Seu julgamento foi “seja entregue [tal pessoa] a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus”. Este é um julgamento ousado da sua parte.

Segundo, nos versículos 9-13, Paulo lembra aos santos do seu dever de julgar as pessoas que estão dentro da igreja, quanto ao fato destes estarem, ou não, obedecendo a lei de Deus.

Aqueles que alegam ser cristãos e são membros da igreja, mas que são julgados como sendo impenitentemente desobedientes a qualquer mandamento da lei de Deus (vs 9-10), devem ser excluídos da comunhão da Igreja. Paulo, sob a inspiração do Espírito, diz para a igreja não tolerar pecadores impertinentes!

Outras passagens

Outras passagens também indicam que é nossa responsabilidade julgar. Jesus pergunta às pessoas em Lucas 12:57: “E por que não julgais também por vós mesmos o que é justo?”. Jesus repreende os escribas e fariseus em Mateus 23:23 e Lucas 11:23, dizendo: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém fazer essas coisas e não omitir aquelas”. Era o dever deles, de acordo com a lei, julgar – mas eles tinham falhado neste dever. Paulo orou para que o amor dos irmãos filipenses “aumentasse mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção”. (Fl 1:9). Ele diz aos de Corintos: “Falo como a criteriosos; julgai vós mesmos o que digo”. (1 Co 1:15).

Os cristãos são solicitados a examinar tudo e reter o bem (1 Ts 5:21). Eles também são obrigados a provar se os espíritos são de Deus: "Irmãos, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas tem saído pelo mundo afora." (1 Jo 4:1)

Mesmo nas reuniões cristãs eles devem "julgar" o que ouvem: "Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem." (1 Co 14:29).

Os Crentes de Corinto receberam ordens para julgar imediatamente a imoralidade existente entre os seus membros (1 Co 5:1-8). Mesmo o estrangeiro de passagem não deve ser hospedado se for verificado que não se trata de uma pessoa alicerçada na verdadeira fé (2 Jo 10,11). E um anátema (maldição) deve ser proferido contra aqueles que apresentarem um tipo diferente de evangelho (Gl 1:9).

Conclusão

Algumas passagens da Escritura parecem proibir o julgamento, enquanto outras claramente exigem isso. Estudando os contextos daquelas que parecem proibir o julgamento, descobrimos que o que é proibido não é realmente o julgamento em si, mas sim um tipo errôneo de julgamento. Deus odeia o julgamento hipócrita! Mas Deus ama o julgamento justo da parte dos seus filhos.

Portanto, é dever de todo Cristão julgar!

“Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.” Gl 6:1

“Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina, pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se a fábulas.” 2 Tm 4:2-3

Gostaria de encerrar fazendo-lhes algumas perguntas, você já se perguntou se de fato você está na verdade? Será que tudo que é "ensinado" em sua igreja de fato está de acordo com o Evangelho que os apóstolos, e a igreja de Cristo prega a quase dois mil anos? Se você descobrir que a sua igreja falta com a verdade embora realize alguns sinais e maravilhas, mesmo assim estaria disposta a continuar nela?

Fico por aqui, orando para que Deus te guie ao caminho verdadeiro da vida eterna.

Em Cristo, Pr. Pereira

(Adaptação do texto de Rubinho Pirola)


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segunda-feira, 14 de março de 2011

Catástrofe no Japão

Por John Piper

As cenas no Japão são apocalípticas. O poder do movimento das águas é maior do que a maioria de nós pode imaginar. Nada pode permanecer diante disto:





Nós somos levados a nos ajoelhar.

Pai que está nos céus, o Senhor é o Soberano absoluto sobre o tremores da Terra, o levantar das águas, e a fúria das ondas. Nós trememos diante de Seu poder e nos curvamos diante de Seus inescrutáveis julgamentos e incompreensíveis caminhos. Nós cobrimos a nossa face e beijamos a Sua onipotente mão. Nós caímos desamparados ao chão em oração e sentimos quão frágil é o solo abaixo de nossos joelhos.


Ó Deus, nos humilhamos debaixo de Sua santa majestade e nos arrependemos. Em um momento – num piscar de olhos – nós também poderíamos ser varridos. Nós não somos mais merecedores de um chão firme do que os nossos semelhantes no Japão. Nós também somos carne. Nós temos corpos, casas, carros e nossas famílias em preciosos lugares. Nós sabemos que se formos tratados segundo os nossos pecados, quem poderia suportar? Tudo seria levado em um minuto. Então, nesta hora sombria nos voltamos contra o nosso pecado e não contra o Senhor.


E clamamos por misericórdia pelo Japão. Misericórdia, Pai. Não pelo o que nós ou eles merecemos. Mas misericórdia.


Não teria o Senhor nos encorajado a isso? Não teríamos nós ouvido um milhão de vezes em Sua palavra as riquezas de Sua bondade, tolerância, e paciência? O Senhor não segurou o Seu julgamento inumeráveis vezes, levando o mundo rebelde ao arrependimento? Sim, meu Senhor, pois os Seus caminhos não são os nosso caminhos, e os Seus pensamentos não os nossos pensamentos.


Conceda, ó Deus, que o perverso abandone o seu caminho, e o injusto os seus pensamentos. Conceda-nos, Suas criaturas pecadoras, que retornemos ao Senhor, que o Senhor tenha compaixão. Pois certamente o Senhor abundantemente perdoará. Qualquer um que chamar pelo nome do Senhor Jesus, seu amado Filho, será salvo.


Que cada coração machucado por suas perdas – milhares sobre milhares de perdas – seja curado pelas mãos feridas do Cristo ressurreto. O Senhor não desconhece as dores de Suas criaturas. O Senhor não poupou seu único Filho, mas o entregou por amor de nós.


Em Jesus, o Senhor provou a perda. Em Jesus, o Senhor partilhou o esmagador dilúvio das nossas dores e sofrimentos. Em Jesus, o Senhor é o sacerdote que se importa em meio a nossa dor.


Aja gentilmente agora, Pai, com este povo frágil, ganhe-os Pai, salve-os.


E que as inundações que eles tanto temem façam bênçãos caírem sobre suas cabeças.


Que ele possam não julgá-Lo com seus fracos sentidos, mas confiar em Sua graça. E então, por trás desta providência, rapidamente achar uma face sorrindo.


No nome misericordioso de Jesus, Amém.

Fonte: desiringGod.org

Traduzido por: Voltemos ao Evangelho

sexta-feira, 11 de março de 2011

Tsunami no Japão e a soberania de Deus.

Por Renato Vargens

Um terremoto de 8,9 graus na escala Richter atingiu o Japão na madrugada dessa sexta feira (11/03/2011). O tremor ocorreu por volta das 3 horas da tarde (horário do Japão), na costa noroeste do país. O epicentro foi há 129 kilômetros da costa do Japão e a 24 kilômetros de profundidade, uma distância relativamente curta para um terremoto dessa magnitude. A rede de TV japopesa NHK transmitiu ao vivo o momento em que o tsunami chegou a Sendai, cidade da costa do Japão.

De acordo com testemunhas o terremoto durou aproximadamente 2 minutos e vários japoneses correram para as ruas com medo de serem atingidos por possíveis desmoronamentos.

As redes de televisão de todo o mundo estão transmitindo ao vivo. Observe os vídeos abiaxo e assista  o flagrante do terremoto que atingiu o Japão:







Caro leitor, diante disto resta-nos rogar ao Senhor Todo-Poderoso que opere misericordiosamente para com os moradores de toda aquela região. Além disso, gostaria também de ressaltar que o Deus da Bíblia reina soberanamente sobre tudo e todos.

Eu não acredito em um Deus que seja surpreendido por imprevistos, nem tampouco em acontecimentos que fujam aos propósitos eternos do Criador. Nosso Deus reina e tem controle sobre todas as coisas, e absolutamente nada foge aos seus desígnios. As Escrituras afirmam que o governo está em suas mãos e que Ele possui domínio sobre tudo aquilo que acontece no céu e na terra. O Deus Todo-Poderoso governa o mundo, Ele é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o Altíssimo Deus. A Ele pertence todo poder e toda autoridade para fazer o que lhe agrade. O mundo e tudo que nele há é o seu mundo e toda criatura que nele vive é controlada por sua soberana vontade e poder.

Isto posto, afirmo sem titubeios que as tragédias da vida não fogem ao controle e domínio do Criador. Os desastres naturais, não podem em hipótese alguma surpreender ao Todo-Poderoso. Como Senhor, Ele rege os acontecimentos, fazendo dos dramas da existência um profícuo instrumento de amplificação, cujo propósito é falar ao coração dos homens sobre a brevidade da vida e a sandice de viver sem Cristo.  As Escrituras nos revelam um Deus que sustenta e governa o universo SOBERANAMENTE e que nada foge ao seu controle.

A Ele toda glória.
Renato Vargens

quinta-feira, 10 de março de 2011

452 anos do Primeiro Culto Evangélico no Brasil

Num país de secular  hegemonia católica em que os livros didáticos de história apresentavam até pouco tempo atrás como data a ser memorizada pelos alunos a Primeira Missa no Brasil (quem se lembra?); num país em que os jornais noticiam  que ele agora detém a posição de maior país católico e pentecostal do mundo; num país em que se realizou uma Conferência do Episcopado latino-americano na cidade de Aparecida do Norte/SP com a presença do papa cuja temática foi como pano de fundo o cenário da redução gradativa de fiéis por parte de Igreja Católica; num país com esta cultura religiosa nunca é demais lembrar uma data que passa desapercebida do calendário religioso brasileiro – 452 anos do primeiro culto evangélico( ou protestante como se queira) no Brasil.

Por ocasião da efêmera colonização francesa na baía da Guanabara(1555-1560), Nicolas Durand de Villegaignon mobilizou um grupo de calvinistas franceses conhecidos como huguenotes para contribuirem no estabelecimento da França Antártica. A situação dos huguenotes não estava nada favorável na França. No final de 1555 Villegaignon chegou com 400 homens a Ilha Serigipe  (hoje Villegaignon) na Baía da Guanabara. Em março de 1557 a colonia foi reforçada por mais 280 pessoas. Entre elas estavam 12 calvinistas de Genebra que traziam credenciais do próprio Calvino.  Pierre Richier e Guillaume  Chartier, pastores ordenados, celebraram o primeiro culto protestante em terras brasileiras, talvez, nas Américas, no dia 10 de março de 1557. O pregador baseou-se no Salmo 27.4: “Ao Senhor Eterno peço somente uma coisa: que Ele me deixe viver na sua casa todos os dias da minha vida, para sentir a sua bondade e pedir a sua orientação.”


O desfecho da primeira presença protestante mais articulada foi trágica. Villegaignon muda a sua atitude em relação aos calvinistas. Polemiza em torno de questões teológicas e, diante do clima desfavorável, os protestantes decidem voltar à França. Uma parte do grupo por razões náuticas retorna. Cinco são presos e intimados por Villegaignon a se posicionar em relação a pontos teológicos controvertidos.  O documento redigido ficou conhecido como “Confessio Fluminense” (primeira confissão de fé evangélica brasileira no dia 8 de fevereiro de 1558). No dia seguinte foram executados três signatários – Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil e Pierre Bourdon. Eles ficaram conhecidos como os três primeiros mártires evangélicos do Brasil. Um dos signatários, André Lafon, foi poupado por ser o único alfaiate da colonia e o quinto, Jacques le Balleur conseguiu fugir para São Vicente/SP, mas foi preso e depois enforcado.

O relator desta história foi o sapateiro Jean de Léry. Ele conseguiu voltar para a França, tornou-se pastor e escreveu o livro “História de uma Viagem à Terra do Brasil” (1578).


Torna-se importante trazer à memória dos protestantes, evangélicos e católicos contemporâneos este evento histórico. A afirmação da fé ocorre em meio aos conflitos e às contrariedades da existência humana. O testemunho evangélico acontece em meio à disputa de forças políticas e econômicas. Será que ainda faz sentido uma disputa por hegemonia religiosa nos dias de hoje?  Os sensatos dirão que ela é anacrônica, mas a realidade mostra que entre os belos discursos e as boas intenções escondem-se interesses inconfessados. Ou será uma profunda inocência e ingenuidade achar que as religiões não estão no mercado?

Rolf Schünemann

sexta-feira, 4 de março de 2011

Que paz podem ter aqueles que não estão em paz com Deus?



Os marqueteiros de plantão e mídia em geral querem inculcar na massa que “o Carnaval é lindo”, como diz Caetano, que é um momento de curtir com alegria, responsabilidade e PAZ os dias de folia. O que tentam esconder é que PAZ não combina com grandes aglomerações de gente alcoolizada, drogada, cheia de adrenalina e erotizada. O desembesto é grande! Na imprensa televisiva os operadores de câmeras são treinados a desviar rapidamente o foco de uma imagem de confusão. Isso acontece muito em transmissão de jogos de futebol.


Definitivamente uma festa que diminui o nível moral não pode andar em harmonia com a paz. Os manipuladores da mídia tanto sabem disso que não dão destaques as brigas e mortes durante a festa. O saldo deixa para o final e sem muita ênfase.


Rio de Janeiro, Salvador e Recife/Olinda não são nenhuma Trípoli em pé-de-guerra, mas morre mais gente durante o Carnaval do que em certos conflitos. Violência policial, cenas de barbáries, centenas e milhares de registros de brigas, prisões, humilhações, furtos, assaltos, atentados ao pudor, estupros, mortes nas rodovias resultado de embriaguez, ferimentos e mortes. O que tem a ver a PAZ com isso? Bundas requebrando é sinônimo de paz? Tirar o sossego de outros com som alto, gritaria, fogos e outros barulhos têm alguma coisa a ver com paz?


Outros tipos de violência: iniciação de jovens em drogas e prostituição, transmissão de horríveis doenças sexuais, gravidez e abortos posteriores a festa e outros resultados nefastos. Isto é paz?


Enquanto isso, artistas que promovem o Carnaval em seus discursos parecem que estão se referindo ao Natal e não ao Carnaval, divulgam uma atmosfera de paz e tranquilidade que não existe! A paz do Carnaval é apenas mais uma fantasia da festa.


A PAZ verdadeira só é possível encontrar em Cristo Jesus e o mundo odeia esta verdade. A paz da euforia do Carnaval é falsa, é apenas uma paz perigosa com o pecado e no pecado. Como disse Matthew Henry: “Que paz podem ter aqueles que não estão em paz com Deus?”


Como diz um trecho de um poema de Jerônimo Gueiros sobre o Carnaval:


Carnaval! Vitando Carnaval!
Festa sem Deus! Repúdio da moral!
Festa de intemperança e gasto insano!
Trégua assombrosa do pudor humano


Poema na íntegra AQUI:
http://www.monergismo.com/textos/meditacoes/carnaval_jeronimo.htm

Fonte: Frases Protestantes