“Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir." Martinho Lutero
Infelizmente parte da Igreja evangélica não tem sido guiada exclusivamente pela Palavra de Deus. Em algumas denominações percebe-se nitidamente que a tradição religiosa, as experiências místicas, além de técnicas terapêuticas e estratégias de marketing, servem como bússola e orientação àqueles que se denominam cristãos.
Como não poderia deixar de ser, a soma destes fatores tem corroborado com o surgimento de significativos distúrbios na comunidade da fé. Isto se percebe nitidamente em nossos cultos, onde o evangelho pregado é extremamente humanista.
Quanto aos louvores ministrados em nossas assembléias, o que se vê são grotescos desvios teológicos, onde através de estapafúrdias canções, mandamos e desmandamos em Deus. Além disso, nossa liturgia é “hedonista” e centrada nas necessidades humanas, onde o que é importa é levar vantagem sobre tudo e todos. Já nossas orações são maniqueístas; nossa fé dualista; nossa espiritualidade descartável.
Caro leitor, creio veementemente que boa parte dos nossos problemas eclesiásticos se deve ao fato de termos abandonado a margem da existência as Escrituras. Não tenho a menor dúvida de que somente a Bíblia Sagrada é a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; só ela é o árbitro de todas as controvérsias, como também a norma para todas as decisões de fé e vida. É indispensável que entendamos que a autoridade da Escritura é superior à da Igreja, da tradição, bem como das experiências místicas adquiridas pelos crentes. Como discípulos de Jesus não nos é possível relativizarmos a Palavra Escrita de Deus, ela é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos.
O reformador João Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro.
Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento.
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Postado por Renato Vargens, no Púlpito Cristão