segunda-feira, 1 de março de 2010

Terremoto no Chile foi 100 vezes mais forte que o do Haiti


Hermes C. Fernandes


O terremoto de magnitude 8,8 que sacudiu o Chile neste sábado, dia 27, causou a morte de mais de 700 pessoas. A presidente chilena Michelle Bachelet, afirmou que o desastre afetou de alguma maneira cerca de 2 milhões de pessoas.

“As forças da natureza golpearam duramente nossa pátria e mais uma vez põem à prova nossa capacidade de enfrentar adversidades e ficarmos de pé”, declarou a presidente em um pronunciamento transmitido em cadeia de rádio e TV do país.

Segundo Bachelet, que sobrevoou de helicóptero as áreas atingidas neste sábado, o terremoto afetou 80% do país e há pelo menos 1 milhão de casas danificadas.

A energia liberada pelo terremoto deste sábado foi 100 vezes maior à registrada nos tremores do Haiti, no último mês. Atingindo a magnitude de 8,8 graus na escala Richter, o sismo foi o sexto maior já medido pelos cientistas. Se o terremoto do Haiti tivesse sido tão forte quanto, poderia gerar uma tsunami que varreria as ilhas do Caribe e atingiria boa parte da costa leste americana. Miami seria sacudida! A energia liberada pelo terremoto equivale a de 3 mil bombas de Hiroshima. A catástrofe só não foi mais trágica do que a do Haiti por duas razões: o epicentro foi relativamente distante dos centros urbanos, cerca de 90 km de Concepción, segunda maior cidade do país, enquanto o epicentro do terremoto do Haiti foi apenas a 15 km da capital, Porto Príncipe. O outro fator é a engenharia, uma vez que o Chile já tem um histórico de terremotos, e por isso, muitas construções são reforçadas. Os prédios na área de ocorrência do terremoto obedecem a índices severos de segurança, minimizando assim o número de vítimas fatais.

Após o terremoto, cerca de 48 tremores menores foram registrados no Chile, cinco deles de grande magnitude (acima de 6 graus).

O que será que está acontecendo com o mundo, afinal?

Alguns pregadores zelosos (e alguns tantos sensacionalistas) aproveitam tais catástrofes para enfatizar a proximidade do fim do mundo, como se terremotos nunca houvessem acontecido antes, ou pelo menos, com tamanha freqüência. Terremotos, bem como Tsunamis, Furacões, Tornados e outros cataclismos naturais, sempre ocorreram. Não se trata do fim dos tempos. No parecer de Paulo, o apóstolo, a criação geme como se estivesse com dores de parto. Poderíamos dizer que tais terremotos são como contrações de uma natureza prenha, prestes a dar a luz. Uma nova terra está a caminho. Os geólogos sabem disso. Nosso planeta está passando por uma reconfiguração, um reajuste, que abarca todo seu ecossistema. As placas tectônicas estão se ajustando, e isso tem seus efeitos colaterais. À medida que se aproxima a hora do parto, as contrações tendem a ficar mais intensas e freqüentes.

Terremotos também não têm nada a ver com pactos que tenham sido feitos com forças espirituais. Gostaria de saber o que aqueles pregadores que creditaram o terremoto do Haiti a um pacto entre seus ancestrais e o diabo diriam sobre este sismo que abalou o Chile. Seria também devido a algum pacto demoníaco? Acho que seu diagnóstico será outro, e sabe por que? Porque a população chilena é, em sua maioria, branca, de ascendência européia, bem diferente da população haitiana.

Via: Genizah